O DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é um grupo de doenças que dificulta a passagem do ar pelas vias respiratórias, gerando cansaço e falta de ar.
Neste grupo estão a bronquite e o enfisema pulmonar, doenças progressivas, que geram uma inflamação dos brônquios e a destruição dos alvéolos respectivamente.
Em 85% dos casos o tabagismo está relacionado à doença, porém uma exposição excessiva e constante à poluição, fumaça de fornos à lenha, substâncias químicas e até mesmo à poeira podem levar à DPOC.
O diagnóstico é feito pelo médico através de exame físico, um série de exames que avaliam a função pulmonar do indivíduo, além de uma análise do histórico de saúde. É preciso saber se é tabagista, ex-tabagista ou teve contato com fumaça ou outros gases tóxicos.
A maioria dos pacientes apresenta duas condições:
– Bronquite Crônica: caracteriza-se por apresentarem tosse com catarro frequente e produção excessiva de muco, decorrente da inflamação e irritação das vias aéreas.
– Enfisema Pulmonar: é caracterizado pela destruição de grande parte dos alvéolos pulmonares. Estes são como pequenos sacos de ar, responsáveis pelo fluxo de ar nos pulmões (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico). Quando danificados, fica reduzida a capacidade de troca de gás.
Com a progressão da doença, os pacientes podem apresentar falta de ar, cansaço durante uma atividade física, infecções respiratórias frequentes, respiração rápida ou sibilante. No corpo, a sensação de fadiga ou incapacidade de praticar atividade física também podem estar presentes. Algumas pessoas também desenvolvem ansiedade, depressão e fraqueza muscular.
O tratamento da DPOC exige inicialmente uma mudança no estilo de vida. Cessar o tabagismo, interromper contato com gases tóxicos e fumaças também são necessários.
Com objetivo de melhorar a condição de saúde, os medicamentos para o tratamento, incluem uso diário de broncodilatadores, que irão agir nas vias aéreas buscando expandi-las e, dessa forma, facilitar a respiração.
Nos casos mais graves ou avançados, o tratamento pode incluir o uso de oxigenoterapia, que consiste no uso de oxigênio domiciliar.
Associado ao tratamento medicamentoso, a abordagem multiprofissional e a reabilitação pulmonar facilitarão a mudança no estilo de vida e a realização de exercícios físicos, reduzindo assim, a frequência e a gravidade das exacerbações.
– Abordagem multiprofissional: necessária para que ocorra a diminuição dos prejuízos pessoais, sociais e econômicos do paciente com DPOC. O acompanhamento deve ser feito com um nutricionista, psicólogo, terapeuta-ocupacional entre vários outros profissionais.
– Reabilitação Pulmonar: com o objetivo de fortalecer a musculatura, ampliar a capacidade respiratória e garantir autonomia na realização de atividades diárias, melhorando assim, a qualidade de vida. O atendimento fisioterapêutico na reabilitação pulmonar visa realização de exercícios aeróbicos, fortalecimento de membros inferiores, superiores e respiratórios; alongamentos e orientações quanto às técnicas de conservação de energia.
As mudanças no estilo de vida são essenciais para quem quer viver com qualidade e independência, superando a cada dia os desafios impostos da DPOC.